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Quando o pênis torto passa a ser a doença de Peyronie
Você já notou que o seu pênis está ficando um pouco mais curvado do que costumava ser? Talvez você tenha percebido isso durante uma ereção e ficou sem saber se é normal ou se tem algo errado acontecendo. Calma, não precisa se desesperar! Antes de mais nada, é importante saber que uma leve curvatura no pênis pode ser completamente normal e não é motivo para alarme. Mas, se essa curvatura veio acompanhada de dor, dificuldade nas relações sexuais ou até uma sensação de endurecimento em algumas partes, pode ser sinal da Doença de Peyronie, uma condição que afeta muitos homens e que, sim, tem tratamento!Neste artigo, vamos explicar como você pode diferenciar uma curvatura natural de algo que merece mais atenção, quais são os sinais de alerta da Doença de Peyronie e quais opções de tratamento estão disponíveis para que você continue confiante e tranquilo.
O que é a Doença de Peyronie?
A Doença de Peyronie ocorre quando um tecido cicatricial (chamado de placa) se forma na túnica albugínea, uma camada que reveste o pênis. Esse tecido faz com que o órgão se curve durante a ereção, causando desconforto ou até dor. Embora seja mais frequente em homens acima dos 50 anos, pode afetar qualquer faixa etária.
Quais são as causas?
Ainda não sabemos exatamente por que a Doença de Peyronie acontece, mas há algumas pistas:
Lesões repetitivas no pênis: Traumas durante relações sexuais ou outros tipos de impacto podem causar microlesões que levam ao desenvolvimento de cicatrizes.
Predisposição genética: Homens com familiares que têm doenças do tecido conjuntivo podem estar mais propensos.
Mudanças relacionadas à idade: O envelhecimento pode deixar os tecidos mais suscetíveis a danos.
Doenças associadas: Condições como a contratura de Dupuytren (uma doença que afeta as mãos) podem aumentar o risco.
Como saber se tenho a Doença de Peyronie?
Os sintomas podem variar muito, mas os mais comuns são:
Curvatura anormal do pênis: A curvatura pode ser para qualquer lado e variar de leve a grave.
Dor: Pode surgir tanto em repouso quanto durante a ereção.
Tecido endurecido (placa): Algumas pessoas conseguem sentir a placa fibrosa ao tocar o pênis.
Dificuldade em manter uma vida sexual ativa: Dependendo da gravidade, a relação sexual pode se tornar desconfortável ou inviável.
E agora? O que fazer?
Se você está enfrentando esses sintomas, saiba que há tratamentos disponíveis, e o primeiro passo é procurar um urologista, o especialista indicado para essa condição.
Tratamentos médicos
Medicamentos orais: Em casos iniciais, medicamentos podem ajudar a reduzir a dor e a formação de cicatrizes, embora sua eficácia varie.
Injeções no pênis: Substâncias como a colagenase podem ser aplicadas diretamente na placa para reduzir a curvatura.
Dispositivos de tração: Esses aparelhos ajudam a esticar o pênis e podem melhorar a curvatura e prevenir o encurtamento.
Cirurgia: Quando os outros tratamentos não funcionam ou a curvatura é muito severa, a cirurgia pode ser uma opção eficaz.
Tratamentos alternativos
Terapia por ondas de choque: Um tratamento inovador que utiliza ondas de baixa intensidade para aliviar a dor e melhorar a circulação.
Fisioterapia peniana: Com exercícios e massagens específicas, pode ajudar em casos leves.
O que pode acontecer se não tratar?
A Doença de Peyronie pode piorar se não for tratada. Isso significa:
Curvatura mais acentuada: Pode dificultar ainda mais a relação sexual.
Encurtamento do pênis: Uma consequência de longo prazo em alguns casos.
Impacto emocional: Homens que convivem com essa condição sem tratamento podem enfrentar ansiedade, baixa autoestima e até depressão.
Você não está só!
Estudos indicam que entre 3% e 9% da população masculina é afetada, mas os números reais podem ser maiores. Muitos homens não procuram ajuda, seja por vergonha ou por não saberem que a condição tem tratamento.
Uma vida normal é possível!
A Doença de Peyronie pode ser desafiadora, mas não é um obstáculo insuperável. Com o tratamento adequado e apoio emocional, é possível recuperar a qualidade de vida e a confiança.
Se você notar qualquer um dos sintomas acima, especialmente dor durante as ereções ou o desenvolvimento de nódulos, é essencial consultar um urologista. Um diagnóstico precoce pode ajudar na gestão da condição e na escolha das melhores opções de tratamento disponíveis. O primeiro passo é sempre a informação, e você não precisa passar por isso sozinho!